Para ficarem a saber mais sobre os Prémios de Edição visitem o site http://premiosdeedicao.blogs.sapo.pt/ e para estarem sempre a par das notícias relacionadas com o mundo editorial leiam o blog dos Booktailors.
domingo, junho 15, 2008
Prémios de Edição
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sábado, maio 17, 2008
Mais uma vez, queria agradecer o simpático convite da editora Renata Miloni para participar neste número com um artigo sobre a ficção de Jacinto Lucas Pires.
Boas leituras.
quarta-feira, abril 23, 2008
terça-feira, abril 22, 2008
Dia Mundial do Livro na Assírio & Alvim
Manuel Alberto Valente na Porto Editora
Mais detalhes na edição de hoje do Público.
sábado, abril 19, 2008
Manuel Alberto Valente e a Porto Editora
Não deixem também de ler a entrevista que Manuel Alberto Valente deu ao Público, publicada na edição de ontem do jornal, sobre a sua saída do grupo Leya.
quinta-feira, abril 17, 2008
«O Homem sem Qualidades»
Os dois primeiros volumes da primeira tradução portuguesa integral do romance de Robert Musil «O Homem sem Qualidades», um dos grandes clássicos do século XX, com mais de duas mil páginas, vão ser apresentados dia 28 de Abril, em Lisboa.
É também a primeira tradução feita directamente do alemão, por João Barrento, com a chancela da Dom Quixote, a editora que está a publicar a obra completa daquele romancista austríaco, falecido em 1942.
A apresentação dos livros decorrerá no Goethe Institut, onde dois actores profissionais irão ler alguns excertos do romance.(Nos anos setenta, saiu em Portugal uma tradução do mesmo romance, mas feita a partir da versão francesa e que não incluía o terceiro volume, publicado já depois da morte do escritor).
«O homem sem qualidades», que ocupou Musil durante os últimos quinze anos da sua vida, é hoje considerado uma das obras mais influentes da literatura moderna, ao lado de «Ulisses», de James Joyce, e de «À procura do tempo perdido», de Marcel Proust.Segundo o tradutor, o terceiro volume do romance deverá ser publicado no início de 2009.
«Foi uma das maiores e mais exigentes traduções que fiz», disse Joao Barrento, um dos mais prestigiados tradutores portugueses de alemao e que assinou, entre outras, a tradução de «Fausto» de Goethe.
segunda-feira, abril 14, 2008
As musas confusas de Patrícia Portela
Terceiro livro publicado de Patrícia Portela, Odília ou história das musas confusas do cérebro de Patrícia Portela esquiva-se a qualquer tentativa de arrumação em géneros. Talvez por isso seja tão difícil prever em que secção das livrarias o vamos encontrar.
O texto, acompanhado das ilustrações da própria autora, é exactamente o que encontramos representado nas primeiras imagens que antecedem a história de Odília – um novelo. Um novelo que se estende para fora do texto e que, assim, desafia a fronteira entre obra e livro, entre ideia e objecto.
Justamente pela sobreposição de imagem e palavra que abarca o objecto que serve de suporte físico à história destas musas confusas, parece que, mais do que uma simples história, estamos perante uma narrativa encenada, servindo a capa de cortina ao que iremos assistir. Aliás, facilmente associamos a própria linguagem de Patrícia Portela ao teatro, área a que a autora dedica o seu trabalho há já vários anos.
Texto e livro são, portanto, uma unidade que não é estanque, que não encontra limites nas margens da literatura, mas antes a invade, através da inclusão no processo criativo de estratégias que visam incorporar o exterior. Neste ponto não podem passar despercebidas as notas de autor, de tradutor e de editor que Patrícia Portela cria como parte integrante da narrativa. Do mesmo modo, não podemos esquecer as pretensas linhas de leitura pelas quais a autora guia o leitor e que mais não são do que formas de chamar a atenção para a maleabilidade do objecto escrito, das possibilidades que oferece e que extravasam a sequência ditada no momento da criação.
Odília é também um emaranhado de ideias, de apontamentos pessoais e sempre algo encriptados de que Patrícia Portela mistura os fios numa composição que oferece tanto quanto oculta, sendo o seu carácter lacónico um convite a uma interpretação única e pessoal.
Por outro lado, uma das marcas deste texto é sem dúvida o facto de ser uma narrativa em que tempo e espaço se esbatem (mais uma vez, também aqui se anulam fronteiras) e que claramente se compraz na volubilidade do passado e do presente, que ao invés de nos servirem de guias, reforçam o poder demiúrgico do narrador (que aqui se confunde intrinsecamente com a figura da autora, por ser tão evidente o carácter pessoal das páginas que lemos). As questões quotidianas do nosso tempo invadem a Grécia Antiga e a sua mitologia, ou será o contrário? Será que essa mitologia tem uma origem mas o seu poder metafórico não é datado? Será o seu uso meramente instrumental?
No meio de tal novelo (o sonho de Odília) a estabilidade reside na repetição que baliza a narrativa. Esta repetição textual poderia deitar por terra a ideia de infinitude, mas a circularidade da história e da memória garante que assim não seja. Nunca vemos o fim do novelo porque o seu fio, tal como a colcha de Penélope, deve ser enrolado e desmanchado ad aeternum, ele prolonga-se para além das páginas do livro.
domingo, abril 06, 2008
Ler
terça-feira, abril 01, 2008
Ruy Belo
domingo, março 23, 2008
Bruaá Editora
sexta-feira, março 21, 2008
Dia da Poesia
Black Rook in Rainy Weather
On the stiff twig up there
Hunches a wet black rook
Arranging and rearranging its feathers in the rain.
I do not expect a miracle
Or an accident
To set the sight on fire
In my eye, nor seek
Any more in the desultory weather some design,
But let spotted leaves fall as they fall,
Without ceremony, or portent.
Although, I admit, I desire,
Occasionally, some backtalk
From the mute sky, I can't honestly complain:
A certain minor light may still
Lean incandescent
Out of kitchen table or chair
As if a celestial burning took
Possession of the most obtuse objects now and then –
Thus hallowing an interval
Otherwise inconsequent
By bestowing largesse, honor,
One might say love. At any rate, I now walk
Wary (for it could happen
Even in this dull, ruinous landscape); skeptical,
Yet politic; ignorant
Of whatever angel may choose to flare
Suddenly at my elbow. I only know that a rook
Ordering its black feathers can so shine
As to seize my senses, haul
My eyelids up, and grant
A brief respite from fear
Of total neutrality. With luck,
Trekking stubborn through this season
Of fatigue, I shall
Patch together a content
Of sorts. Miracles occur,
If you care to call those spasmodic
Tricks of radiance miracles. The wait's begun again,
The long wait for the angel,
For that rare, random descent.
Sylvia Plath
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A Gralha Negra em Tempo de Chuva
Lá no alto, num ramo firme
arqueia-se uma gralha negra toda molhada
arranjando e voltando a arranjar as penas à chuva.
Não espero qualquer milagre
nem nada
que venha lançar fogo à paisagem
no interior dos meus olhos, nem procuro
mais no tempo inconstante qualquer desígnio,
mas deixo as folhas manchadas cair conforme caem,
sem cerimónia ou maravilha.
Embora – admito-o – deseje
ocasionalmente alguma resposta
do céu mudo, não posso honestamente queixar-me:
uma certa luz pode ainda
surgir incandescente
da mesa da cozinha ou da cadeira
como se um fogo celestial tornasse
seu, de um instante para outro, os mais estranhos objectos,
assim consagrando um intervalo
de outro modo inconsequente
para nos dar grandeza e glória,
ou até amor. De qualquer modo, caminho agora
atenta (pois isso poderia acontecer
mesmo nesta paisagem triste e arruinada); descrente,
mas astuta, ignorante
de que um anjo se decida a resplandecer
repentinamente a meu lado. Apenas sei que uma gralha
ordenando as suas penas negras pode brilhar
de tal maneira que prenda a minha atenção, erga
as minhas pálpebras, e conceda
um breve repouso com medo
de uma neutralidade total. Com sorte,
viajando teimosamente por esta estação
de fadiga, acabarei
por juntar um conjunto
de coisas. Os milagres acontecem
se gostares de invocar aqueles espasmódicos
gestos de luminosos milagres. A espera recomeçou de novo,
A longa espera pelo anjo,
por essa rara, fortuita visita.
Poema retirado de Pela Água, Sylvia Plath (edição bilingue), tradução de Maria de Lourdes Guimarães, Assírio & Alvim.
Feira do Livro
quinta-feira, março 20, 2008
Livros de Seda
Para os mais distraídos ou ocupados, aqui fica a notícia do nascimento de uma nova editora, a Livros de Seda. Esta editora "para mulheres. A primeira do género", como assina, vem preencher um espaço até agora vazio no nosso panorama editorial, dedicando-se à leitura no feminino. No entanto, não se deixem enganar, não pensem que aqui vão encontrar obras de e para mulheres encerradas num universo quase hermético. Pelo contrário, o que melhor poderá descrever a Livros de Seda é a multiplicidade de vozes, de escritas, de leituras. A multiplicidade é uma das características das mulheres, poderia uma editora a elas dedicada ser diferente?
Os primeiro quatro títulos da Livros de Seda já estão disponíveis nas livrarias e podem também visitar o site em http://www.livrosdeseda.pt/