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terça-feira, abril 22, 2008

Dia Mundial do Livro na Assírio & Alvim

A Assírio & Alvim vai comemorar o Dia Mundial do Livro oferecendo 50% de desconto em todos os livros do seu catálogo publicados há mais de dezoito meses. A promoção é válida apenas durante o dia de amanhã e só na livraria da editora, na Rua Passos Manuel n.º 67-B.

terça-feira, abril 01, 2008

Ruy Belo

Passados trinta anos sobre a morte de Ruy Belo, a Assírio & Alvim organizou para hoje, dia 1, uma sessão evocativa da vida e obra do poeta. Esta sessão terá lugar na Fnac do Chiado, pelas 18h30, e contará com a presença de José Tolentino Mendonça e Duarte Belo.


quinta-feira, dezembro 13, 2007

Byblos


É hoje inaugurada a maior livraria do País, a Byblos. A partir de amanhã de manhã, a Byblos estará aberta ao público. Se quiserem ficar a saber mais sobre o ambicioso projecto de Américo Areal, não deixem de visitar o blogue dos Booktailors, em http://www.blogtailors.blogspot.com/, onde têm vindo a ser publicados vários posts sobre este conceito inovador de livraria.

Para assinalar o acontecimento, deixo aqui o artigo de Isabel Coutinho sobre a nova livraria, publicado na edição on-line do Público.

Grande aposta em catálogo de 150 mil títulos
Byblos, a maior e mais moderna livraria portuguesa é hoje inaugurada em Lisboa

A inauguração da maior livraria portuguesa, a Byblos, um sonho antigo de Américo Areal, ex-dono das Edições Asa, está marcada para esta noite só para convidados. A livraria abre ao público amanhã, às 10h.

É um espaço gigantesco - 3300 m2 distribuídos por dois andares - e aposta no fundo editorial. Vai ter entre 120 mil e 150 mil títulos. Além de livros, a Byblos vende revistas, CD, DVD, merchandising relacionado com o livro, gifts (canetas, luzes de leitura, etc.) e tem um game center (espaço com videojogos). Ao lado das novidades, estão livros, discos, jogos e filmes que saíram há mais de seis meses e hoje são difíceis de encontrar no mercado.

É uma livraria "inteligente": usa as novas tecnologias para dar conforto ao cliente, que pode começar a gerir a sua lista de compras a partir de casa (através do site www.byblos.pt). Cada cliente terá um cartão Byblos que pode ser carregado no multibanco para compras na livraria ou no site.

Quando o PÚBLICO visitou a Byblos as tecnologias ainda não estavam a funcionar. Mas a estante robotizada com 65 mil títulos (a pesquisa faz-se num computador) já estava instalada.

Os produtos à venda estão espalhados por prateleiras, mesas, vitrinas, gavetas como em qualquer livraria. O que é inovador na Byblos é o seu mobiliário integrar um software que ajuda na localização dos livros através de etiquetas RFID - Identificação por Radiofrequência. Cada livro terá uma etiqueta electrónica que está relacionada com outra que assinala determinado lugar na prateleira. Se o livro for colocado fora do seu sítio, o sistema central detecta o erro (as prateleiras têm antenas) e envia uma mensagem de e-mail para o computador do empregado responsável por essa área na livraria. Ele tem dez minutos para colocar o livro no lugar certo.

Por sua vez, os clientes podem fazer pesquisas nos 34 ecrãs tácteis espalhados pela livraria e ficar a saber a localização exacta dos produtos que procuram. Um papel com as referências da localização é impresso pela máquina. Informações com tops de vendas, promoções e agenda aparecem nos 54 ecrãs LCD da livraria. À saída, basta ao cliente pousar os livros na caixa de pagamento (numa pilha até 80 cm de altura) e o sistema lê o conjunto de compras (através da radiofrequência) sem ser necessário passar um a um.

A Byblos tem ainda um auditório para 137 pessoas sentadas, camarim e gabinete de primeiros socorros. Na cafetaria vão servir refeições ligeiras.

A livraria vai funcionar de segunda a sábado, das 10h às 23h e ao domingo das 10h às 13h. Tem acessos pela Rua Carlos Alberto Mota Pinto, n.º 17 e pela Rua Joshua Benoliel (Amoreiras). Uma das portas dá directamente para a zona das crianças, com um barco (tem sino, leme, velas) e uma árvore com uma casa de madeira. Ali é possível brincar com jogos interactivos criados pela YDreams. Outra entrada dá para o quiosque, 280m2 com jornais e revistas especializadas.

Quatro milhões de euros

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria", lê-se numa das paredes, e a felicidade para o dono da livraria será quando "as pessoas pensarem em livro, pensarem na Byblos". Areal vendeu a sua empresa ao grupo de Paes do Amaral e investiu quatro milhões de euros neste projecto. Para o ano quer inaugurar uma Byblos no Porto e construir uma cadeia de livrarias no país. "Hoje o livro está disponível em gasolineiras, estações de CTT, hipermercados, tabacarias. Mas quanto mais próximo, menor é a oferta", explica. "Por isso surge a tendência oposta, a das cadeias de grandes livrarias." Em França, em 2004, faliram centenas de pequenas livrarias mas a megalivraria cresceu 5,6 por cento.

"Há um vastíssimo público que não encontra resposta para as suas necessidades. Quer dar aos seus filhos o que gostou de ler e não encontra. Em todo o lado há livrarias de fundo editorial. Não seria a altura de aparecer uma em Portugal?", afirma Areal. Para o livro estrangeiro, têm acordos internacionais e na edição portuguesa andam "à pesca" dos editores mais pequenos e da edição de autor. "Quem tiver um livro venha ter connosco porque o queremos ter disponível quer fisicamente quer na Internet", pede.

domingo, dezembro 02, 2007

Livros na Gulbenkian


Até ao próximo dia 23 de Dezembro, decorre, na Fundação Calouste Gulbenkian, a terceira edição da "Festa dos Livros Gulbenkian". Para além de poderem adquirir a preços especiais os livros editados pela Fundação, podem ainda assistir ao lançamento da Fotobiografia de Amadeo de Souza-Cardoso e ao ciclo de conversas "O meu livro Gulbenkian", que contará com a presença de vários convidados.
Para mais informações, consultem o site da Fundação Calouste Gulenkian.

terça-feira, novembro 13, 2007

Festival de Literatura Irlandesa


Começa amanhã, dia 14, o Festival de Literatura Irlandesa. Com um programa que engloba conferências, música, exposições, teatro e cinema, este festival irá ainda contar com a presença de escritores irlandeses.

Até dia 16, poderão assistir aos diversos eventos que terão lugar na Casa Fernando Pessoa, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e na Sociedade Guilherme Cossoul.

O programa pode ser consultado aqui.

sábado, outubro 20, 2007

Sugestão: doclisboa


Amanhã, no pequeno auditório da Culturgest, pelas 14h15, é exibido o documentário Notes on Marie Menken. Fica feita a sugestão (espero que seja uma boa sugestão) e deixo aqui o texto de apresentação do filme, que se encontra no site do Doclisboa 2007.

"Notes on Marie Menken" explora a história quase esquecida de um dos nomes mais importantes do cinema underground americano entre os anos quarenta e sessenta, influenciando realizadores tão conhecidos como Stan Brakhage, Andy Warhol, Jonas Mekas ou Kenneth Anger. Musa inspiradora do romance "Who's Afraid of Virgina Wolf" de Edward Albee, Marie Menken (1909-1970) foi uma figura ímpar da cultura nova-iorquina, tendo realizado dezenas de filmes e participado em várias obras de Andy Warhol. Com música original de John Zorn, o documentário de Martina Kudlácek inclui vários filmes inéditos de Menken, incluindo um "duelo cinematográfico" entre a realizadora e Warhol.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Booktailors

Ontem, os convidados do programa de Pedro Rolo Duarte na Antena 1 foram os Booktailors, consultores editoriais. Se não tiveram oportunidade de ouvir a conversa com Nuno Seabra Lopes e Paulo Ferreira no domingo, podem agora aceder ao podcast do programa na página da Antena 1.

Para todos os que se interessam pelo mundo da edição e querem ficar a conhecer mais sobre esta área, em particular, em Portugal, esta é uma entrevista a não perder.

Não deixem também de visitar o site Booktailors e o blogue Blogtailors para ficarem a conhecer melhor o trabalho desenvolvido por Nuno Seabra Lopes e Paulo Ferreira.

segunda-feira, maio 21, 2007

When is a book out of print?


“When is a book out of print?” é a pergunta que está a gerar controvérsia entre editoras e autores e é, também, a frase que abre o artigo «Publisher and authors parse a term: out of print», datado já de dia 18, mas que só ontem tive a oportunidade de ler.
A leitura deste artigo recomenda-se, entre outras razões, por ser um convite à reflexão sobre as consequências (positivas e negativas) que os avanços tecnológicos têm, em concreto, no mundo editorial e de que modo essas mudanças obrigam a uma reavaliação, neste caso, de fronteiras.
Perante as possibilidades oferecidas pelo print-on-demand, a editora Simon & Schuster decidiu rever um aspecto contratual que está a deixar os autores descontentes.
Deixo aqui um excerto do artigo que pode ser lido na íntegra aqui.

Traditionally, if a book falls out of print, authors are contractually allowed to ask their publishers for their rights back so that the author can try to have the book republished somewhere else.

(…)

But with the advent of technologies like print-on-demand, publishers have been able to reduce the number of back copies that they keep in warehouses. Simon & Schuster, which until now has required that a book sell a minimum number of copies through print-on-demand technology to be deemed in print, has removed that lower limit in its new contract.

quarta-feira, maio 16, 2007

APEL e UEP

Cito o Diário Digital:

Os presidentes das duas associações de editores portuguesas, a UEP e a APEL, anunciaram hoje a resolução a curto prazo de todos os conflitos que as separaram desde 1999.

Em conferência de imprensa conjunta com Carlos Veiga Ferreira, da União de Editores Portugueses (UEP), o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), António Baptista Lopes, anunciou «a resolução a muito curto prazo de todos os conflitos que separaram as duas associações».

Os acordos estão já prontos, indicou o mesmo responsável, e «só falta» formalizá-los.

Esta formalização, segundo o presidente da UEP, poderá ocorrer durante as próximas Feiras do Livros de Lisboa e do Porto, que começam no dia 24.

«O clima conflitual, que se traduziu até em alguns casos em acções judiciais», está, assegurou Veiga Ferreira, definitivamente sanado.

O mesmo editor considerou ser possível «vaticinar» uma associação unitária de editores no futuro.

«Não quero fazer futurismo, mas acho que caminharemos para o que acontece noutros países, isto é, uma associação de livreiros e uma associação de editores», disse.

O clima de conflito entre as duas associações iniciou-se aquando da organização da Feira do Livro de Lisboa em 1999.

Este ano, as duas associações organizam em conjunto as feiras do livro de Lisboa e do Porto, o que levou Baptista Lopes a afirmar que se vive «um clima de pacificação e concórdia».

Segundo os dois responsáveis, pontos de divergência como a modernização e profissionalização do sector editorial são agora encarados da mesma forma por ambas as associações.

Ainda durante a conferência de imprensa, Baptista Lopes referiu-se à UEP nestes termos: «São amigos e colegas com os quais começaremos a trilhar um caminho de modo mais solidário».

Diário Digital / Lusa

sexta-feira, maio 11, 2007

Poesia na SPA

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) promove nos próximos dias 14, 21 e 30, em Lisboa, três debates sobre a poesia portuguesa e a sua função nos tempos que correm.

António Carlos Cortez, crítico de poesia, enquadra os movimentos e as obras ao longo dos três debates.
Na segunda-feira, estarão em foco os anos 60, a poesia de Fiama Hasse Pais Brandão, Luísa Neto Jorge e Ruy Belo.
No dia 21, o debate centra-se nos anos 70 e na poesia de Nuno Júdice, António Osório, Joaquim Manuel Magalhães e João Miguel Fernandes Jorge.
No último debate, dia 30, são os últimos 20 anos e a poesia de Luís Miguel Nava, Paulo Teixeira, Manuel Gusmão, Luís Quintais e Daniel Faria o tema da conversa.

Os debates começam às 18:30 na sede da SPA, em Lisboa.

Diário Digital / Lusa

quinta-feira, maio 10, 2007

"Leitura furiosa"

Tomei conhecimento desta iniciativa através do Jornal de Notícias, de onde retiro o texto abaixo transcrito.

O objectivo é ir ao encontro de jovens excluídos que, pelas mais variadas razões, arredaram os livros das suas vidas. Por isso, a iniciativa não podia ter outro nome nem os destinatários poderiam ser outros "Leitura furiosa" arranca hoje, no Porto, junto de grupos de "zangados com a leitura" do Centro Educativo Santo António e da Qualificar para Incluir. O programa começa com encontros entre os escritores Regina Guimarães e Pedro Eiras e jovens das referidas instituições.

A partir dessas conversas, que vão decorrer durante o dia de hoje, cada um dos escritores envolvidos vai elaborar um texto que, amanhã, será discutido e corrigido com os intervenientes, em sessões que vão contar com a presença de João Alves e Sofia Lomba, a quem cabe ilustrar este trabalho. Ao fim do dia, os textos são enviados para a associação Cardan, que desenvolve este projecto em França desde 1993. Este ano, além do Porto, também a cidade de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, se alia à iniciativa da associação, sediada em Amiens.

Os escritos resultantes dos encontros do Porto e de Amiens, assim como as respectivas ilustrações, serão publicados na edição de domingo do Jornal de Notícias. Para esse dia está marcada uma sessão pública de leituras musicadas, com base nesses textos, pela voz de Ana Deus. Será no Museu de Serralves, a partir das 16 horas.

No âmbito da "Leitura furiosa" está ainda prevista uma ronda por várias livrarias do Porto, na manhã de sábado, que culminará com uma visita à Biblioteca Almeida Garrett. A ideia é que nesse passeio participem, se não todos, pelo menos alguns dos jovens envolvidos nesta iniciativa.

Segundo Regina Guimarães, este projecto "não é uma oficina da escrita nem uma oficina de leitura". "Leitura furiosa" parte de encontros "entre escritores com obra publicada e grupos de pessoas que, por razões diversas, não lêem ou não gostam de ler". Tudo para "fazer com que essas pessoas presenciem um momento que vai ter existência escrita" e, por outro lado, "fazer com que pessoas que, liminarmente, rejeitam a leitura, possam reconsiderar essa relação negativa", conclui.

"Leitura furiosa" é uma iniciativa do Serviço Educativo de Serralves, tendo sido estabelecidos protocolos com as citadas instituições.

sexta-feira, abril 20, 2007

"Vou morar no arco-íris"

Tendo percorrido escolas de norte a sul do país para estar mais perto dos seus leitores e melhor lhes dar a conhecer a sua obra, Alexandre Parafita irá agora apresentar o seu mais recente livro. Será no Dia Mundial do Livro, na próxima segunda-feira, a próxima sessão de lançamento de Vou Morar no Arco-íris, num encontro que terá lugar na Biblioteca Municipal de Murça. Fica aqui a notícia para quem passar os olhos por estas letras e viva naquela zona do país. Para quem viver mais a sul, não se esqueçam de procurar o título Vou Morar no Arco-íris numa próxima visita a uma livraria.

terça-feira, abril 17, 2007

Biblioteca pessoal de Calouste Gulbenkian

Soube hoje, ao abrir a minha caixa de correio electrónico, que a biblioteca pessoal de Calouste Gulbenkian vai estar disponível online a partir do próximo dia 19. A apresentação pública desta biblioteca vai realizar-se no mesmo dia pelas 16h. Fica aqui a notícia completa que pode também ser consultada no site da Gulbenkian.


A biblioteca pessoal de Calouste Gulbenkan vai estar disponível para consulta a partir de 19 de Abril no site www.bibliotecaparticular.gulbenkian.pt. O projecto resulta de dois anos de trabalho de identificação, catalogação e recuperação dos cerca de três mil volumes que constituem a biblioteca pessoal do fundador e foi desenvolvido no âmbito das comemorações do cinquentenário da Fundação.

Calouste Gulbenkian reuniu ao longo da sua vida uma importante biblioteca actualmente dividida em dois grandes núcleos. O núcleo constituído pela colecção de manuscritos e obras impressas que ilustram a Arte do Livro no Oriente e no Ocidente, entre os séculos XIII e primeira metade do século XX, encontra-se integrado no acervo do Museu Gulbenkian. O outro núcleo, constituído por cerca de três mil títulos de publicações abrangendo os mais diversos domínios do conhecimento, encontra-se depositado no fundo documental da Biblioteca de Arte, tendo dado origem a muitas das secções temáticas – Pintura, Arquitectura, Desenho, Mobiliário, Cerâmica - da sua actual organização.

Este núcleo, agora disponibilizado para consulta, constitui um instrumento importante para a compreensão da personalidade, dos gostos e preferências estéticas do Fundador, revelando uma parte relativamente desconhecida do legado cujo acesso é reservado, por razões que se prendem com o seu inegável valor patrimonial.

segunda-feira, abril 09, 2007

Teatro Popular Mirandês

Tomei conhecimento da iniciativa através do Jornal de Notícias e a curiosidade encarregou-se de me fazer chegar até ao site do Centro de Estudos António Maria Mourinho. A notícia dava conta do projecto levado a cabo pelo referido centro de estudos de publicar na Internet trinta textos do Teatro Popular Mirandês. A edição destas peças é feita com base em textos que fazem parte do espólio do Padre António Marinho e vem, assim, colocar ao alcance de todos um importante documento literário e cultural que, permanecendo escondido, correria o risco de cair no esquecimento e acabar por se perder.

A publicação destes «colóquios» do Teatro Popular Mirandês, como é dito no texto de apresentação colocado no site, irá realizar-se de duas formas, uma vez que cada texto irá ser disponibilizado em edição digitalizada e em edição interpretativa. A primeira é o resultado da escolha de um exemplar, no caso de haver mais do que um no espólio, para o efeito; a segunda passou já por um processo de normalização de aspectos gráficos e ortográficos, devidamente identificados na informação dada acerca dos critérios de edição, e é acompanhada por notas explicativas referentes, por exemplo, a «mirandesismos e às muitas referências culturais, etnográficas ou históricas à Terra de Miranda, de mais difícil percepção para quem não fale mirandês ou não conheça a história da região.» Se a edição digitalizada, potencialmente, irá interessar mais a linguistas, como é referido no site, e, acrescento eu, todos aqueles que tenham conhecimentos de linguística e se interessem por esta área do saber, já a edição interpretativa tem a virtude de poder levar o Teatro Popular Mirandês a um público mais vasto. Importa também dizer que, após a publicação on-line, prevê-se a publicação destes textos em livro.

Diz Francisco Pinto, jornalista que assina esta notícia sobre a publicação do Teatro Popular Mirandês, que «os textos não se destinam apenas a investigadores mas também a grupos de teatro e associações que pretendam levar à cena este género de representação.» Eu digo que esta iniciativa certamente interessará a todos os leitores e a todos quantos se preocupam com as perdas provocadas pelo esquecimento.


Centro de Estudos António Maria Mourinho

Teatro Popular Mirandês


terça-feira, março 27, 2007

Dia Mundial do Teatro


O Dia Mundial do Teatro comemora-se um pouco por todo o país. São várias as iniciativas que hoje têm lugar: sessões únicas, entradas gratuitas, etc.
Aqui mais perto de mim, em Almada, no Teatro Municipal, podem assistir a duas peças, gratuitamente, às 21h30. Na sala principal, está em cena O Carteiro de Neruda, de Antonio Skármeta, com encenação de Joaquim Benite. Na sala experimental, podem assistir à peça Quarto Minguante, texto de estreia de Rodrigo Francisco, também com encenação de Joaquim Benite.

Para aqueles que não possam ir hoje ao teatro, ficam algumas sugestões de leitura.

Goethe, Torquato Tasso, tradução de João Barrento, Relógio D´Água.

Torquato Tasso é então o drama do demoníaco puramente poético, é o drama da tensão do ouvido que escuta e corre e sucumbe e retorna ao canto. É aqui que o lirismo alcança a sua mortificação incandescente, trespassado pela exigência de se transformar na terceira pessoa, naquele que, só aceitando o intervalo intransponível, poderá dizer eu, e ser ouvido na distância. No Tasso a metamorfose poética desenrola-se diante de nós, revela as suas leis.

Do prefácio de Maria Filomena Molder.




Anton Tchékhov, Três Irmãs, tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra, Assírio & Alvim.


IRINA Diz que a vida é maravilhosa. Sim, pode ser, mas pode só também parecer! A nossa vida, a das três irmãs, ainda nunca foi maravilhosa, tem-nos abafado como erva daninha...

I Acto, p. 49.



T. S. Eliot, The Cocktail Party, Faber and Faber.

LAVINIA
(...)
I don't know why. But it seems to me that yesterday
I started some machine, that goes on working,
And I cannot stop it; no, it's not like a machine —
Or if it's a machine, someone else is running it.
But who? Somebody is always interfering...
I don't feel free... and yet I started it...

I Acto, cena 3, p. 89.


Mário Cesariny, «Um Auto para Jerusalém», in Nobilíssima Visão, Assírio & Alvim.

Enfim, quando as coisas não vão pelo caminho dos nossos desejos, o melhor que há a fazer é levar os nossos desejos pelo caminho que as coisas vão tomando. Parece.

p. 82


Teresa Rita Lopes, Esse Tal Alguém, Campo das Letras.

Apaixonei-me e gritei: "Quero esta paisagem!"
Explicou-me o senhor da Agência que não vendiam a paisagem sozinha, que era brinde para quem comprasse o andar. E disse o preço. E que o Banco emprestava por vinte e cinco anos. Fiz as contas a quantos teria quando acabasse de pagar a casa — e não gostei de me imaginar com essa idade toda. Depois fiz as contas ao que tinha que pagar por mês mas era o meu ordenado quase inteiro! Como não podia viver do ar, isto é, da brisa do Mar da Palha, pedi ao senhor da Agência:
— Mas venda-me só esta janela! É quanto me basta. Este cantinho aqui, para eu pôr a minha mesa de escrever e uma cadeira. É quanto me basta. Percebe?
Não percebeu. Não vendeu. Vendo bem, não me importei. Afinal o que é bom é sonhar com as coisas. Como com o tal alguém que não se tem. E quando se tem, esse tal alguém torna-se ninguém. Com as casas é o mesmo. Isto é, quando as casas nos têm, vão-se-nos as asas — e as casas já só servem para morar.

Entreacto 4, cena 5, p.52.



terça-feira, março 20, 2007

Bibliofesta




Decorre entre os próximos dias 21 de Março e 21 de Abril de 2007 a I Edição da BiblioFesta, em Oeiras, que tem como principal objectivo a promoção da leitura. As duas dezenas de actividades terão como mote central «Dar Voz aos Poetas».

A iniciativa, que partiu da Câmara Municipal de Oeiras, quer constituir-se como um grande evento anual naquela localidade. «O Espírito da Poesia», no Parque dos Poetas, pelas 21:30, marcará a abertura do evento.

Durante o espectáculo serão apresentadas leituras encenadas dos poemas mais representativos dos vinte poetas homenageados naquele local, entre os quais Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, Natália Correia, Miguel Torga e Florbela Espanca, conciliando a natureza, o teatro, a música e a luz.

Entre as outras actividades previstas destaca-se também o «Café com Letras», no dia 22 de Março, às 21:30. Na Biblioteca Municipal de Oeiras estará presente Pedro Tamen para uma conversa informal com os leitores, moderada por Carlos Vaz Marques.


(Notícia retirada do Diário Digital)


Talvez no blogue dedicado às Bibliotecas Municipais de Oeiras, Oeiras a Ler, seja possível ir encontrando mais informações sobre as actividades programadas para esta Bibliofesta.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

«Casa da Leitura»

A partir de sexta-feira, estará disponível o site www.casadaleitura.org, destinado a promover a leitura junto das crianças e adolescentes. Este projecto, da responsabilidade do Serviço de Educação e Bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian, poderá ser uma mais-valia para o público mais jovem e também para todos aqueles que se interessam ou que trabalham com a literatura infantil e juvenil.


Mais informação online sobre este assunto aqui

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Fundo Antigo da FCUP

Fiquei a saber da notícia por intermédio de outro blogue, o Assim Mesmo. O Fundo Antigo da Faculdade de Ciências do Porto foi digitalizado e encontra-se disponível online. Eu já visitei o site, vi páginas de alguns livros e, de facto, o número e a qualidade das obras digitalizadas é impressionante. Este acervo pode ser visitado aqui e passará a fazer parte também da minha lista de links.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Quatro livros portugueses em Itália

Excerto de notícia retirado do Diário Digital:

Lídia Jorge, Mário de Carvalho, José Luís Peixoto e Gonçalo M.Tavares vão estar presentes, em Março, em Castel Goffredo, na cerimónia de apresentação de romances da sua autoria candidatos ao prémio literário Giuseppe Acerbi.

Em declarações à agência Lusa, os quatro escritores deram conta da sua intenção de assistir à cerimónia - prevista para 14 de Março - e exprimiram satisfação pela escolha dos seus livros e pelo que isso representa de crescente difusão da literatura portuguesa além-fronteiras, designadamente em Itália.

O prémio literário Giuseppe Acerbi, do nome de um famoso explorador, literato e egiptólogo italiano (1773-1846), começou a ser atribuído em 1993, em cada ano distinguindo um romance de uma determinada literatura, na vertente ficção.

Este ano, o país seleccionado foi Portugal e as obras escolhidas - traduzidas em italiano - foram as seguintes:

-«O vale da paixão», de Lídia Jorge, traduzido por Rita Desti, publicado pela Bompiani. A escritora obteve com este romance vários prémios portugueses, entre os quais o Dom Dinis e o Pen Clube, e um estrangeiro.

-«Um deus passeando pela brisa da tarde», de Mário de Carvalho, com tradução de Antonietta Pinamonti (mulher do director do Teatro Nacional de São Carlos, Paolo Pinamonti), chancela da Instar Libri. Este romance foi galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE e o Prémio Pégaso, entre outros.

- «Jerusalém», de Gonçalo M.Tavares, traduzido por Roberto Mullinaci para a editora Guanda. Galardoado em Portugal com os Prémios Ler e José Saramago, este romance já antes tinha sido seleccionado para um prémio literário em Itália, o Mondelo.

- «Morreste-me», de José Luís Peixoto, traduzido por Giulia Lanciani para La nuova frontiera. O livro obteve em Portugal o prémio Jovens Criadores.

Os quatro escritores têm outros livros traduzidos - ou na iminência de o serem - em Itália.

(...)

Nos termos do regulamento, os quatro romances portugueses seleccionados serão submetidos à apreciação de um Júri Popular, composto por 70 leitores escolhidos entre os inscritos nas bibliotecas da província de Mântua e Brescia, e de um Júri Científico, de que fazem parte jornalistas e professores universitários.

O nome do vencedor será anunciado oficialmente pelos dois júris no dia 14 de Julho, estando a entrega do prémio programada para 09 de Novembro na sede do município de Castel Goffredo.

Diário Digital/Lusa

sábado, janeiro 27, 2007

Colóquio: Racine e a Tragédia

Hoje, dia 27 de Janeiro, pelas 18h, terá lugar na cafetaria do Teatro Municipal de Almada um colóquio dedicado a Racine. A propósito da estreia da encenação de Rogério de Carvalho da peça Fedra, de que já falei aqui no Olho da Letra, o Professor Peixe Dias propõe uma reflexão sobre a Interpretação Moderna da Tragédia.